quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DIVAGAÇÕES A CERCA DA FELICIDADE

Ao assistir o último vídeo do PC Siqueira...
http://www.youtube.com/watch?v=vvLUguQ_z_U&feature=youtu.be

Fiquei um bom tempo revendo e me apropriando da terceira parte.
A discussão a cerca da FELICIDADE passa por questões muito mais abrangentes.

Comecei a divagar e escrevi os trechos abaixo.
Espero que gostem.

FELICIDADE
BEM – FORTUNA – CONFORTO – SORTE – VENTURA.

AÇÕES ÉTICAS – AÇÕES DIANOÉTICAS.
PRATICAR O BEM - SER ESCLARECIDO.

BUSCA PELA FELICIDADE
Não é algo supervalorizado.
É o movimento natural do ser humano.

SER ESCLARECIDO
Não é algo da ordem do perceber as coisas no mundo.
É algo que passa pela experiência e a transcende. Evidencia uma realidade oculta.

PROBLEMA
O problema não é ser ignorante e feliz.
A felicidade que se atinge pela ignorância, pelo desconhecimento é tão somente uma falsa felicidade, sensação de prazer mediante o desconhecimento da realidade em si.

Ser esclarecido, não implica ser infeliz.
Assim como, ser ignorante não implica ser feliz.

A felicidade é construída pela prática de ações corretas norteadas por reflexões que requerem determinado afastamento do empírico.

Não precisamos de felicidade.
O estado de felicidade nos conforta e é onde procuramos estar.

A felicidade é um estado imaginário.
Assim como os demais.

A felicidade não é momentânea.
Se você se sente experimentando o estado de felicidade e em algum outro momento não se sente mais dessa forma, significa que a suposta felicidade não era felicidade real, e sim, prazer momentâneo, satisfação de uma necessidade.

Ser exageradamente feliz não pode lhe deixar enjoado.
A felicidade é uma construção que o leva a praticar ações boas, conscientemente, em virtude de um “cálculo” que o fez concluir que essas eram as melhores ações.

É impossível ser infeliz e ter a exata dimensão do real.
Aquele que conhece o mundo tal como ele é e atinge um nível tão elevado de lucidez que não o permite experimentar jamais a infelicidade.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Qual é o meu preço?

Eu não sei o que é o valor. Sei que vale muito no mundo dos homens grandes. Pode ser um valor bem grande ou até mesmo um valor pequenino. A verdade é que a gente não sabe o quanto vale, mas cada um vale um pouquinho.
Me sentia especial por saber qual era o meu valor. Sabia no que era bom e o quanto poderia ser útil. Infelizmente somente saber não é válido. O que vale mesmo é como você mostra o quanto vale.
Não importa se valemos muito. Temos é que valer. Podemos escolher somente valer, valer pouco, valer alguma coisa ou não valer absolutamente nada. Infeliz ou felizmente isso pouco importa. O importante é o quanto dizem que você vale.
Adianta valer e não valer? Será que eu posso valer por mim, para mim e em mim? Poder até posso. Só que lá no fundo, no final, quando o dia termina, valem os juízos que fizeram de mim, as esperanças que depositaram, as informações que passaram e o apreço que agora têm.

E aí? Qual é o meu valor? Vale me comprar?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tenho um amigo que tem um blog. Ele não publica meus textos. Tive de publicar aqui...


Inércia

(Gustavo Dias)


Não ter de dar tchau
Nem precisar se apresentar.
Desconfiança,
Insegurança,
Esperança.
Inatividade?
Falta de proatividade.

Motivos são muitos
Certezas... nem tantas.
Querer,
Ser,
Ter e não ter você.
Sentir e...
Não agir!

Transbordar sem estar cheio
Estar vazio em plenitude.
Adiar,
Pensar,
Viajar.

Sem sair do lugar.

sábado, 9 de abril de 2011

Possível fim do VLOG É ISSO

Após três meses de existência, é possível que o VLOG É ISSO feche suas portas e não mais poste vídeos na internet. O principal motivo, segundo seus idealizadores, Gustavo e Eduardo Dias, é a baixa visitação e pouca freqüência de comentários.



Ao atingirem quase 15 mil visualizações os criativos vlogueiros convocaram uma coletiva de imprensa e anunciaram a decisão, em um primeiro momento, encarada pelos especialistas como irreversível.

Nas palavras de Eduardo - o personagem gordinho, engraçado e que usa gravatas nas gravações – “O VLOG atingiu seu ápice no oitavo vídeo, É ISSO – Volta às aulas, onde o personagem Creito teve uma excelente aceitação dos fãs, mas, pouco depois caiu vertiginosamente”.

Segundo Gustavo – o roteirista e personagem menos carismático – “O pecado do VLOG foi ter se enveredado pelas questões religiosas. O Eduardo tentou me alertar, mas, achei que o personagem Jisus fosse alavancar nossas visualizações”. Ele ainda acrescentou: “A única salvação do É ISSO é que voltemos a ser retwittados como antes e que nossos parceiros do começo voltem a ser ativos na divulgação”.

Os poucos fãs que estavam na porta do local onde foi realizada a entrevista estavam inconsolados e seguravam cartazes com os dizeres: “Não nos abandonem!”. Um deles, Gabriel Silva, declarou: “Eles trazem alegria pra gente. Todos os dias eu abro o canal (youtube.com/user/ehsohisso) para ver se postaram um vídeo novo. Não existe ninguém que faça vídeos como os dois”.

Se não conseguirem aumentar os números, os desmotivados guerreiros, vlogueiros mineiros, terão de encerrar as atividades com um último vídeo sobre a Páscoa que, segundo os dois, revolucionará a criação de conteúdo para a grande rede.


Aguardemos ansiosos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Em resposta a Enrique Coimbra

Como de costume, hoje iniciei meu trajeto pela internet logo cedo, pois levo a sério o ditado que diz que Deus ajuda quem cedo madruga e me levanto lá pelo meio-dia quando num tenho mais nada de tão útil pra fazer da minha vida. Fato é que eu só consigo produzir a noite, portanto, trabalhos da faculdade e textos em geral ficam programados para a madrugada (esse aqui é uma exceção).
Voltando ao que interessa, hoje, ao viajar pela internet, logo quando acordei, dei uma olhadinha na caixa de e-mail’s e logo pude perceber que esse texto aqui seria inevitável. Contudo, dei espaço para a minha cabeça começar a trabalhar em paz. Tão logo terminei a leitura dos e-mail’s, passei à leitura dos meus blog’s favoritos e, dentre eles, é claro, o http://enriquecoimbra.blogspot.com (vulgo: Ironias Sociais e Tais).
Para não fugir muito ao assunto, fato é que, o Enrique Coimbra, conseguiu, mais uma vez me deixar maravilhado com sua eloqüência. Entretanto, me trouxe espanto em igual proporção, pra variar. Dessa forma, tive de ler novamente o e-mail que havia me marcado antes e ficou claro que teria de escrever sobre isso.

É complicado falar sobre algo que envolva tantas vertentes e interpretações, pois é, da mesma forma, complicado dar conta de todas elas e poder de fato esclarecer mais que confundir. Logo, vou tentar ser breve e cuidadoso, o que não costumo ser.

Deus...

No e-mail que recebi, de minha mãe, a mensagem apresentada era, não só válida, mas interessante e bonita. Dizia o seguinte:

“Você chegou ao seu local de trabalho. Ore e peça iluminação a Deus Todo poderoso...

“Cumprimente seus colegas. Isso se chama Amizade.
Deseje a cada um o melhor de si. Isso se chama Sinceridade.
Faça a agenda e programe seu dia. Isso se chama Reflexão.
Agora, com tudo planejado, comece a trabalhar. Isso se chama Ação.
Acredite que tudo irá dar certo. Isso se chama Fé.
Faça tudo com alegria. Isso se chama Entusiasmo.
Dê o melhor de si. Isso se chama Perfeição.
Ajude a quem tem mais dificuldade que você. Isso se chama Doação.
Compreenda que nem todos estão na mesma sintonia. Isso se chama Tolerância.
Receba as bênçãos com gratidão. Isso se chama Humildade.
Isso se chama Amor. Deus está com você.”

Salvos os erros e algumas interpretações ligeiras de mais como:

Desejar a cada um o melhor de si pode não ser sinceridade necessariamente.
Fazer a agenda e se programar pode ser organização antes de Reflexão.
O verbo ajudar é transitivo direto e não deve ser empregado dessa forma:
Ajude a quem tem mais dificuldade que você. Isso se chama Doação.
E sim... Ajude quem tem....

Enfim... seguindo...

Ao assistir o vídeo do Enrique, pude relembrar do e-mail e me sentir confortável para responder a uma questão levantada por ele.

Nosso amigo em seu vídeo levantou a questão sobre o motivo de seguirmos hoje o que foi escrito a muito tempo atrás por um homem na Bíblia.
Respondo:
Caro Enrique,
Apesar de o texto ter sido escrito por uma pessoa comum, como nós, e estar, em virtude disso, recheado de equívocos ou erros e contradições em relação a alguns pensamentos atuais, o texto bíblico deve ser encarado como objeto de estudo e, ao meu ver, como um texto de cunho moralista (no sentido bom da palavra, ou seja, como um texto de orientação moral).
Não distante do texto bíblico encontramos textos como a República de Platão, ou o Leviatã de Hobbes, ou ainda a Ética de Aristóteles. São, todos estes, textos que se propõem a orientar as ações do cidadão ou do coletivo deles.
Ao recusarmos o texto bíblico, recusamos uma contribuição forte para o controle social, moralmente falando. Sem falar que, ao recusarmos o texto bíblico, recusamos implicitamente textos como os apresentados acima.
É importante que saibamos o que estamos criticando. É possível que defendamos a adoção, porém cautelosa, da Bíblia. Se não por Deus, por uma sociedade melhor.
Observe que no e-mail que eu recebi questões importantes como Amizade, Sinceridade, Fé e Tolerância, por exemplo, são exaltadas. Ora, é exatamente isso de que precisamos para conviver melhor. Ou você discorda? É importante que tenhamos esses sentimentos cultivados entre nós. Se não é possível por outros meios, que seja pela Bíblia.

Espero que eu tenha feito a contra-argumentação de forma satisfatória.

Abraço.


Gustavo Moreira Dias

sábado, 17 de abril de 2010

As eleições e a internet.

Parece-me evidente que a internet exercerá papel importantíssimo, para não dizer decisório, no próximo pleito eleitoral. Mostra-se óbvio, também, que, ao meu ver, por conseqüência, o papel da juventude (maioria de usuários das ferramentas digitais) será essencial.

Diferentemente de processos anteriores que permitiram a juventude, através de mobilizações públicas “presenciais”, encabeçar ações edificantes e transformadoras na história do nosso país, agora, participamos de uma nova realidade. A mobilização é feita de casa, permitindo ao manifestante uma presença mais intensa, assídua e inteligente, à medida que, discute-se em uma janela com a informação na outra ao lado.
Depois de praticamente duas décadas, a juventude brasileira “ganha as ruas” novamente. Se não pela imposição física da nossa imagem, entramos de cabeça através do mundo digital. Se não pelo impacto visual de braços levantados. Se não pela propagação sonora dos gritos. Se não pelos rostos pintados. Se não pela união visível de pessoas. Hoje somos parte importante do processo pelo virtual, seja o computador fixo ou móvel, estando assentado em frente a ele, ou conectados através do celular. Porém, em virtude da falta de atuação que se estendeu por duas décadas, ainda somos, invisíveis e inaudíveis aos olhos e ouvidos de alguns tantos políticos que, por desinformação (leia-se analfabetismo) digital, ou por desinteresse, ignoram a força de outrora que somente mudou de campo de atuação.
Os jovens estão, mais uma vez, à frente do processo eleitoral.

Jamais presenciamos tamanha mobilização política fora do período eleitoral. A quantidade de jovens interessados em se informar e buscar soluções aumenta exponencialmente. A facilidade de acesso à informação e a possibilidade de acompanhar e reivindicar uma postura condizente de seu candidato em todas as esferas, atrai os jovens práticos e dinâmicos do mundo atual.
A força da juventude é evidenciada e respaldada pela adesão dos pré-candidatos de todos os âmbitos às ferramentas digitais. É preciso, pois, que diferenciemos os que, de fato, tem algo a dizer aos seus eleitores daqueles que tentam uma aproximação forçada. (Entendam como quiser. E se não entenderem eu os induzo ao entendimento. Charge auto-explicativa, quer dizer, que explica a questão. Como sempre, Maurício Ricardo fazendo o estrago habitual.).



É inevitável, a partir da nova realidade construída, graças, em grande parte, à juventude, que os candidatos adaptem seus discursos ao mundo digital. Não só a redução do conteúdo, mas a necessária clareza (que fugia, como diabo da cruz, dos textos políticos) e a objetividade são agora imprescindíveis e contribuem, fortemente, para a aproximação ainda maior da massa jovem à política.
Aqueles que ainda duvidam do papel da internet como ferramenta de comunicação, formadora de opinião, informante e encurtadora de distâncias, mostram-se, necessariamente engolidos pela máquina da tecnologia e do desenvolvimento que elevam a disputa eleitoral a um novo patamar democrático.
A democracia digital não só é a mais inclusiva forma de participação, mas colabora, de maneira ainda não igualada, para a construção de um novo universo popular (no sentido mais amplo da palavra, e não no restrito) culturalmente estruturado pela informação. Dessa forma, é possível afirmarmos sua contribuição para a formação de uma nova consciência política, que, necessariamente, dará seus primeiros sinais de afirmação nas próximas eleições.

É necessário, tão logo os candidatos atentem para a nova realidade, não só a adequação do discurso político, mas a correta adequação deste. Não só a aproximação indevida do leitor através da retórica deve ser repudiada. Mas, é necessário que se fortaleça, além do todo exposto acima, a postura cautelosa e crítica frente ao falatório sem fundamento.
A charge a seguir é antiga, mas, permite que entendamos a entrada recente, porém, incisiva de políticos no universo digital. É preciso evidenciar a existência de um molde, ao qual, alguns tentam se adaptar objetivando a aprovação popular. Utilizar algumas ferramentas da internet por si só, não aproxima e não deve aproximar o político do povo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Resumo da despedida do governador Aécio Neves na Praça da Liberdade.

Resenha da despedida do líder maior dos mineiros!

"Óh Minas Gerais... Quem te conhece não esquece jamais!"

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O papel do professor.

Acontecimentos espalhados ao longo da linha da história da humanidade, ao serem encarados com os olhos contemporâneos, mostram-se de diversas formas e podem ser encarados como sinônimo de evolução ou involução. Porém, faz-se necessário, ao que parece, que a composição do todo nos leve à conclusão de que - embora o caminho que nos trouxe até aqui pareça ser sinuoso e em forma de espiral, ou seja, dando voltas, mas, evoluindo – estamos avançando sempre. Se assim não o fosse não encontraríamos o motivo para procurarmos cada vez mais.

É inevitável, ao observarmos o desenvolvimento humano, constatarmos que a educação apresenta-se como objeto chave para a propagação e manutenção do conhecimento. Pois, parece-me inútil que um conhecimento fosse aprimorado se não fosse dessa forma. Devemos, pois, aceitar a premissa de que tudo está em constante evolução e que a transmissão de conhecimento permite que as novas gerações se apropriem deste e promovam seu aprimoramento.

Tendo em vista que a educação apresenta-se como ferramenta essencial à evolução, é importantíssimo, portanto, que zelemos pela mesma e que construamos a consciência global de que todos temos o nosso papel nela.

Na estrutura da educação, como se apresenta atualmente, devemos não só reverenciar o papel do professor, como transmissor de conhecimento, mas como construtor de novas realidades. Logo, mostra-se importante de igual maneira que os próprios professores se desliguem da tradição secular que culminou no distanciamento destes dos alunos, colocando-os em um pedestal imaginário inútil e repressivo.

Evidente que, a alguns anos, professores de matemática eram vistos com olhos apavorados, por alunos que esperavam passivos o massacre que se aproximava. Não creio que seja a realidade atual, pelo menos da maioria, pois, a internet propicia que a informação gire e que medos, frutos da falta dela, sejam sanados.

Surge, porém, assustadoramente, por ser em ambiente universitário e no curso de filosofia, a figura do referido professor novamente. Fernando Rey Puente, traz consigo toda a carga enrijecida das melhores faculdades alemãs e exerce na UFMG – FAFICH seu papel.

Dedico o trecho após os 04 minutos dessa entrevista magnífica do maior professor brasileiro, Pachecão (que realmente faz o que interessa e leva conhecimento a quem precisa e quer atingi-lo), ao querido Fernando.



Sem mais. Leia-se como quiser.

domingo, 21 de março de 2010

A reciclágem é democrática e importante.

Com a proximidade das eleições de 2010, o Brasil propõe-se a entrar com o pé direito em uma nova etapa política de sua história, tanto interna quanto externamente. Com a perspectiva de construção de um novo cenário nesse sentido, somos levados a viver uma fase de incertezas que se prolongará até a passagem da faixa presidencial.

As dúvidas aumentam e se justificam em virtude do impasse que se coloca ao termos de escolher entre a continuação de um governo que, sem dúvida, foi extremamente importante para as camadas mais carentes da população, retirando cerca de 20 milhões de brasileiros da linha de pobreza (utilizando-se de métodos, dos quais prefiro não entrar no mérito) e levou o Brasil a um patamar internacional jamais alcançado; e um governo, do qual podemos esperar uma política pública responsável, justa e democrática, posto que, é o que o Governador José Serra, pré-candidato pelo PSDB, sempre mostrou ao longo de sua trajetória.

Fato é que a situação da máquina pública herdada por Lula não era das mais favoráveis e, ainda assim, o atual governo mostrou-se eficiente: Estatisticamente, no período compreendido entre dezembro de 2001 e dezembro de 2002, o risco país aumentara de 963 para 1490 pontos básicos; a taxa de câmbio real/dólar norte-americano subira de 2,32 para 3,53 e, por sua vez, a entrada líquida de capital externo passou de US$ 27 bi a US$ 8 bi. Todo esse cenário apresentou-se como fruto da apreensão do mercado com o crescimento da candidatura de Lula no ano eleitoral. Preocupação justificada pela postura histórica do Partido dos Trabalhadores.

O cerne da questão, porém, apresenta-se mais complexo que uma simples escolha entre uma forma de governar e outra. O Brasil, muito em virtude do carisma de Lula, apresenta-se atualmente ao mundo. Com a apresentação dessa nova realidade, fazem-se necessárias uma aplicação maior e a construção de uma forma de nos relacionarmos com o mundo diferenciada e inteligente.

A atuação de um país, não só no mercado financeiro internacional, mas, nas decisões políticas globais o elevam ou o rebaixam segundo conceitos diferenciados e, complicados, aos quais, devemos prestar a mais aplicada atenção.

Sempre me posicionei, acreditando que esse é o papel de um defensor da democracia, contra qualquer política de continuidade descabida em qualquer esfera da política por acreditar que, ao aceitarmos um regime democrático, concordamos com a igualdade entre todos os lados, no que diz respeito à capacidade de contribuir para o regime e o estado como um todo. Porém, não consigo ter essa postura, como qualquer outra, de forma rígida e inflexível.

É claro que, à medida que, a situação encontra-se em um regime continuado de gestão e a oposição mostra-se cega e irresponsável, obrigando-nos a assisti-la fazendo oposição pura, irrestrita, descabida e infundada, devemos nos perguntar pela necessidade de substituirmos uma por outra, simplesmente por fazê-lo. Entretanto, devemos atentar para o fato de que não é essa situação que observamos atualmente no país.

Durante os sete anos de gestão do governo Lula, a oposição mostrou-se aplicada em garantir os direitos dos brasileiros e assegurar-se de que as melhores decisões seriam tomadas, em todos os momentos. Logo, mostra-se interessante e prudente que permitamo-nos dar ao outro lado a oportunidade de contribuir com o país.

É necessário criarmos e cultivarmos a consciência de que o Brasil precisa valorizar e primar pela democracia, dar voz a todos e colocar-se frente ao mundo com uma postura diferente da praticada ao longo do último ano pelo governo. É preciso que nos empenhemos em mostrar-nos fortes, atuantes e firmes no cenário político internacional. Devemos nos interessar em investigar e concluir que as decisões acertadas, tomadas pelo governo, não excluem e não podem se sobrepor às medidas infelizes tomadas em âmbito supranacional.

Vamos nos permitir seguir em frente, sem abandonar o que herdarmos de positivo, mas, tendo consciência de que podemos mais e podemos melhorar. Para tanto, pois, precisamos dar abertura para que todos possamos contribuir.

sábado, 13 de março de 2010

Cresce um novo líder




Quando começamos a escrever, textos de qualquer natureza, precisamos nos conscientizar de que, por muitas vezes, o leitor que terá acesso ao objeto de leitura, nem sempre, estará tão familiarizado com o contexto quanto quem escreve, principalmente, quando se pretende veicular o texto em questão na internet. Portanto, faz-se necessária, sempre, uma espécie de introdução que insira o “internauta” no assunto abordado. Salvo exceções.

Prefiro e recomendo evitarmos, sempre que possível, as generalizações de qualquer natureza. Entretanto, o clichê de que “toda regra tem sua exceção” é válido e, se soubermos o momento adequado e nos direcionarmos aos objetos corretos, a generalização não só é válida, como evidente e inquestionável. Assim, permito-me agora afirmar, não só que para falar de alguns poucos homens notáveis não precisamos de introdução alguma (pois todos sem exceção sabemos de quem se trata), como que Tancredo Neves foi, se não o maior, um dos homens mais notáveis da história desse país. Portanto, desprendo-me da obrigação de introduzi-los no contexto e parto logo ao cerne da questão.

A alguns cabe a função de ser. A outros a função de não ser nada. Outros, ainda, tem como função não ter função. No entanto, uns poucos são munidos com tamanha riqueza de espírito que tem a função de serem úteis a muitas pessoas, em vários momentos. Homens, dessa natureza costumam atingir posições que homens comuns não conseguem alcançar. Tancredo Neves era, antes de qualquer outro adjetivo, um homem público, no mais amplo sentido que essa palavra queira significar. Não somente um político de irrepreensível, mas um político útil ao povo.

Tancredo, ao tomar posse do governo de Minas Gerais, da sacada do Palácio da Liberdade, abriu o discurso para uma praça totalmente povoada com a frase: “Mineiros, o primeiro compromisso de Minas é com a liberdade”. Uma de suas passagens mais marcantes e que nos dá a exata dimensão do que foi Tancredo Neves. Em um tempo de ditadura militar, o então governador traz a liberdade ao seu discurso e permite que sonhemos com novos tempos.

Homem público e visionário como poucos o foram. Tancredo fez de suas obras pontos marcantes da história do país e acreditando nas suas convicções e em fazer o melhor para todos, comandou a campanha das “Diretas já” e trouxe, de fato, a liberdade de que necessitávamos e pela qual clamávamos.

Duas décadas e meia após o auge político de seu avô, desponta – depois de uma brilhante trajetória – das Minas Gerais para o Brasil o nome de um outro político, comparável a Tancredo (permitindo-me a extravagância) por suas competência e audácia administrativa. Aécio Neves traz consigo, além da vocação notória, habilidade governamental inquestionável.

A partir de um choque de gestão elaborado e cuidadosamente construído, Aécio exemplifica a teoria do governar para o povo. Com extrema competência, o governador reuniu, em torno de si, uma das mais qualificadas equipes administrativas do país e ao longo dos últimos oito anos dá exemplo de gestão pública responsável e equilibrada. Aécio Neves construiu um novo cenário na política mineira e, assim, revitaliza e traz novamente o nome e a força do estado de Minas Gerais para um âmbito nacional.

Sem dúvida alguma, permito-me afirmar, Aécio Neves surge para somar. Um dos nomes mais fortes e respeitados no cenário nacional, um dos reconhecidos líderes tucanos busca agora o seu espaço rumo ao maior cargo da república. A presidência já é questão de paciência e tempo.


Meu artigo. Publicado no http://ninhotucano.wordpress.com/ em 07/março/2010