quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Querer é poder?


Primeiramente, o que significa querer? Se entendermos querer como desejar sem fundamento, ou seja, sem sentir que deseja, acredito que não adiantaria fazer o que fosse, pois nada aconteceria. Porém, se tomarmos para nós, o conceito de querer como um anseio criado pela alma, como algo que é verdadeiramente preciso que aconteça para sermos felizes, sim. Querer, certamente, é poder.

Há dois modos de encararmos as coisas. O modo otimista e o pessimista. Ser otimista, essencialmente, seria encarar todos os obstáculos como na frase de Fernando Pessoa: “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia construirei um castelo”. Fato é que tudo tem um lado positivo e outro negativo, porém se primarmos por escolher dar valor ao lado positivo, de certo, teremos mais alegrias que infelicidades.
A vida é feita de escolhas. Sempre teremos de escolher entre dois caminhos e se todos os dois tem um lado positivo, é impossível que façamos a escolha errada se formos otimistas. Assim, até a morte pode ser encarada como algo positivo. Perder alguém que amamos, sempre será penoso, entretanto, se atentarmos aos fatos, conseguiremos encontrar algo de positivo nisso. As coisas muito boas acontecem, sem exceções, em momentos muito especiais e singulares. Não consigo enxergar algo mais especial que a morte.

Voltando ao que interessa...
Se querer é algo que desejamos bastante que aconteça e sempre há o lado positivo, devemos fazer de um tudo para tornar o objetivo realidade. No entanto, as pessoas enxergam fazer tudo como pedir bastante e esperar que aconteça, enquanto o necessário é que nos posicionemos de um lado, qualquer que seja ele, e entremos de cabeça naquilo que deve ser encarado como um projeto com um objetivo maior.
Segundo Napoleão, "o entusiasmo é a maior força da alma. Conserve-o e nunca te faltará poder para conseguir o que desejas.", portanto, o entusiasmo é o determinante dos sucesso e fracasso. Se você deseja algo, cubra-se de entusiasmo e corra atrás.

O ser humano é capaz de tudo, se almejar grande, literalmente falando.
Assim, querer se torna poder, se dessa forma planejarmos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Lula é 18ª pessoa mais influente do mundo

A preguiça em que me encontro afogado nos últimos dias e os estudos para a segunda etapa da UFMG não deixaram que eu elaborasse um único post descente. O resultado é esse: Notícia que merece destaque.

Segundo a revista norte-americana newsweek, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, figura como a 18ª pessoa mais influente do mundo numa lista elaborada para delinear a nova estrutura de poder global. Barack Obama ascende ao posto de pessoa mais influente do mundo.
A Newsweek justifica escrevendo que, "depois de pegar o Brasil à beira da ruína no início de 2003", o atual presidente hoje governa um país com mais de US$ 200 bilhões em reservas internacionais e com o menor índice de inflação entre os países emergentes. A lista da Newsweek traz o presidente da China, Hu Jintao, em segundo lugar, e o da França, Nicolas Sarkozy, em terceiro.
Lula ficou à frente de figuras como o papa Bento XVI (37º).

Infelizmente, temos de concordar que sem ele e o ex-ministro da fazenda Antonio Palocci, provavelmente, estaríamos agora passando pela maior crise econômica da história desse país e a inflação estaria nas alturas.

Parabéns ao companheiro!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Barack Obama é eleito o "homem do ano" pela revista TIME - O que há por trás de sua eleição à Casa Branca?





Barack Obama sai da obscuridade e em apenas dois anos conquista o povo, colocando em xeque o senso comum e séculos de uma ordem social hierárquica imposta através das gerações. Aos 47 anos reúne mais de 100 mil pessoas em um comício em St. Louis e arrecada mais de U$$ 700 milhões, em fundos, para sua campanha.
Negro, filho de pai queniano e mãe norte-americana, Barack Hussein Obama nasceu em 1961 em Honolulu, no estado do Havaí. Graduado em ciência política, com especialização em relações internacionais, após terminar seus estudos, muda-se para Chicago e torna-se diretor de uma associação comunitária religiosa. Nos três anos à frente da DPC (Developing Communities Project), Obama expandiu sua equipe de 1 para 13 funcionários e transformou um orçamento anual de apenas U$$ 70 mil para U$$ 400 mil, dando idéia de seu talento para liderar.
Obama Ingressa em 1988 na maior e de melhor conceito universidade dos Estados Unidos, Havard, e obtêm o diploma de bacharel em direito em 1991, com 30 anos. Retorna a Chicago e em 1992 casa-se com Michelle Obama. Em 1996, Barack foi eleito senador por Illinois. Deu prosseguimento à sua carreira política.
Em janeiro de 2007, anuncia a criação de um comitê, a fim de recolher fundos para sua candidatura e em fevereiro declara-se candidato às primárias, mesmo sendo pressionado internamente em seu partido por Hillary Clinton.
Ao entrarem em 2008, Obama e sua adversária tornam-se protagonistas de uma das disputas mais acirradas ao posto de candidato pelo partido Democrata. Os dois com a vitória ao alcance. Ela por seu prestígio no cenário político nacional e ter chances reais de se tornar a primeira líder de estado mulher dos Estados Unidos e ele por representar a renovação necessária - já que o governo Bush obtinha os piores resultados nas pesquisas de opinião até então - e ter, de igual modo, grandes possibilidades de se tornar o primeiro presidente negro da América.
Em 4 de novembro de 2008, Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos da América, derrotando John McCain.



Por trás da eleição de Barack Obama nos Estados Unidos é preciso que saibamos da existência de uma sociedade preconceituosa e egoísta. O fato de elegerem um presidente negro não os torna mais democráticos, inteligentes ou faz de Obama um mestre da retórica. Seu triunfo, impulsionado por toda uma população historicamente centralizadora é mascarado.
Ninguém imaginaria a uma década atrás a vitória, não só de um afro-americano, mas, de ideais contrários às “verdades” imortais de um povo acostumado a ser o melhor. Devemos agradecer a George Bush. A vitória de Barack Obama me fez refletir sobre um acontecimento não muito distante, a queda do governo Collor e a reação da sociedade brasileira frente à crise.
Foram precisos 8 anos de inverdades e ignorância para que o povo norte-americano elegesse Obama. Em 8 anos Bush mostrou ao mundo a real intenção por trás da guerra no oriente. Com dois governos o atual presidente norte-americano mostrou ao seu povo o quão importante é defender a natureza. E assim, caiu a mascara republicana. Quando dizem que por vezes é necessário que quebremos a cara para que aprendamos você ainda duvida?
O partido republicano saiu ferido das eleições de 2008. Enfim a falsidade escondida por detrás de valores morais pré-estabelecidos pela alta sociedade, o patriotismo e a primeira colocação, histórica, americana ruíram. Os Estados Unidos da América se uniram para mostrar ao globo o quanto são medíocres e hipócritas. A eleição de Obama não o torna melhor, entretanto os torna piores. Abre os olhos do mundo aos problemas internos norte-americanos, retira a mácula a eles creditada e ilustra o caráter de um povo.
Ao elegerem Obama, os Estados Unidos se enterram, ratificando a postura egoísta. A medida que Bush jogava pelo ralo o prestígio norte-americano e colocava o povo em situação calamitosa, não só perante ao mundo, mas financeiramente falando com a eclosão da crise, a resposta foi imediata. Passando por cima dos seus maiores dogmas e elegendo um negro em virtude de seus interesses pessoais, a América me fez enxergar que para atingirem o topo, são capazes de qualquer coisa.

Qual é a sua opinião?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O que devemos temer?



Hoje, assistindo televisão, me impressionei com um apresentador de um desses programas da tarde, onde analisando um fato ocorrido – não me lembro ao certo se um assalto ou algo do tipo – dizia ele estar impressionado com a capacidade da sociedade de se autocorromper e ainda acrescentava dizendo que vivíamos, agora, em constante estado de medo.
Segundo Shakespeare, o maior erro que um ser pode cometer é permanecer em constante medo de errar. Entretanto, isso nos mantêm alertas e é comprovado. Sem o temor seriamos melhores ou piores? Pergunta de difícil resposta. Porém, ao refletir sobre a colocação do apresentador me perguntei várias vezes o por quê de localizar o pavor no espaço, limitando-nos ao presente. Será que só agora vivemos em constante estado de medo? Não seria muita pretensão de nossa parte excluirmos as outras gerações desse "presente" que recebemos?
Qual é o seu maior temor? Seria justo se fosse sair de casa sem saber se voltará intacto ao final do dia, ou perder quem mais ama. Porém, se esse é o seu maior medo, não há o que temer. A ordem natural nos empurra para o final da linha. Somente nos é imposta uma condição ao aceitarmos viver, a de que morreremos. Se a aceitamos antes, por que agora devemos evitá-la?
É preciso que analisemos alguns fatores quando nos é pedido para classificar nossos medos. Será que devemos considerar o pior como aquele que mais aperta nossos corações quando nele pensamos? Receio que não. Minha análise sobre os pavores que me atormentam, minhas fobias, é criteriosa e como instrumento chave para ela, levo em consideração, primordialmente, a vida em sociedade e a racionalidade humana – as máximas das quais não há como fugir.
Viver em sociedade é preciso e não existe no mundo, atualmente, quem possa dizer-se completamente auto-suficiente. Sim, precisamos de amparo. Portanto, devemos aceitar algumas regras que nos impõem. Feliz ou infelizmente, não sei dizer, é impossível encontrarmos colocação no meio social sem conhecimento e é para isso que precisamos da racionalidade que nos difere dos outros seres.
Se morrer é inevitável, talvez o pior que nos possa acontecer é ter a pior morte dentre todas elas. Porém, qual seria a pior? Queimado? Afogado? Como seria? Por essas perguntas, presumo passar a resposta ao título do texto. O maior medo de todos deve ser a frustração de olhar para trás e ver que não alcançamos um objetivo. Algo que eu prefiro não imaginar perceber, momentos antes da minha morte é que todo o conhecimento que acumulei durante minha existência, não é verdadeiro. Se assim for, de que eu terei valido?
E você? Do que tem medo?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que você faz pelos outros?

“Age de tal modo que a máxima da tua ação possa se tornar princípio de uma legislação universal”.[KANT]

Uma das mais populares colocações de KANT é utilizada em grande escala ao redor do globo e de formas tão diversas que, nos dias de hoje, me parece deturpada. A essência desse pensamento deve ser interpretada de forma racional. Segundo ele, devemos nortear nossos princípios por um caminho que nos leve a praticar somente ações que gerem um bem maior, um bem universal. Entretanto, até onde devemos nos deixar levar por isso?
É inevitável constatarmos que o mundo se transforma a cada dia e, nas últimas décadas, essas “mutações” têm se dado de forma bem mais rápida. As relações entre os homens estão cada dia mais frias: Ao entrarmos em um ônibus, por exemplo, talvez por medo ou cansaço, procuramos nos afastar uns dos outros e assim, escolhemos, assentar o mais distante possível.
Por razão do maior afastamento das pessoas na vida cotidiana, é comum assumirmos uma postura um tanto egoísta e centralizadora, através da qual começamos a praticar ações voltadas para a satisfação pessoal. Porém, é necessário separar as coisas e nos questionar sobre até onde devemos agir em prol dos outros.
À medida que a vida em sociedade se transforma e as pessoas começam a pensar mais em si. Não seria interessante que direcionássemos nossas melhores ações ao encontro dos interesses pessoais? Até que ponto, se não pensarmos em nós mesmos, encontraremos pessoas que o façam?
É impossível precisar se devemos ou não ser egoístas. Fato é que nossas atitudes fazem parte de uma cadeia e o conjunto delas responde por transformações num âmbito mundial. Dessa forma, se pensássemos mais no próximo, receberíamos, de certo, mais vibrações positivas e assim, conseguiríamos fazer dos ambientes em que estamos presentes lugares melhores.
A garantia de que não estamos sendo egoístas, portanto não aparece, pois, se fizermos algo pensando num bem maior, de certa forma, estamos pensando no nosso bem estar. Devemos, pois, fazer o melhor que pudermos sem olhar a quem. Pelo menos em época de natal.

PENSE NISSO!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Tudo está bem quando termina bem"?

Devemos primeiramente nos questionar sobre qual o verdadeiro sentido dessa colocação:

Partindo da premissa de que 'terminar bem' deve ser entendido como uma perfeita harmonia entre os sentimentos de todos os envolvidos ao final de um processo, podemos considerar o argumento de Shakespeare não só válido como verdadeiro. Porém, ao passo que interpretamos a mesma expressão como a satisfação pessoal de um indivíduo e a análise singular que este faz sobre algo, não verificamos a validade do argumento e assim nos deparamos com uma das questões mais complexas existentes, trabalhar com sentimentos.
O trato com as questões do coração por si só, mostra-se uma tarefa demasiado complicada e quando, por influência de acontecimentos externos, acabamos por nos envolver com emoções alheias, acredite, tudo começa a se mostrar infinitamente mais difícil.
Por que amar é inerente ao ser humano e sofrer tem tanto ou mais parte nisso do que queríamos? É impossível amar sem sofrer e de igual forma torna-se impraticável viver sem amar, posto que o este é o combustível maior que nos move.

Se seguirmos uma das linhas de pensamento de FREUD, podemos entender porque a grande maioria das relações humanas entre si é fundamentada em bases frágeis e dessa forma, antes de começarem, mostram-se predestinadas a terminar. Segundo ele, os seres humanos mostram aos outros somente uma parte de si, a melhor, aquilo que preferimos tornar público.

Por assim ser, talvez, no mundo atual, os amores verdadeiros tornam-se cada vez mais raros, pois para cultivá-lo é necessário conhecer o outro, saber de seus defeitos e aceitá-los. Nem só de paixão vive o ser, é inevitável sentir, mas, sem essa chama, somente o amor é capaz de sustentar uma relação.

Felizmente eu amei. Não me arrependo!